terça-feira, 19 de junho de 2012

Tempo de Esquecer



Normalmente esquecemos de coisas, fatos corriqueiros, desagradáveis do dia a dia. Esquecer um amontoado de lixo que nos deparamos durante o dia é algo trivial e necessário. Aprendemos desde cedo, que é importante esquecer coisas que foram ruins para nós e que nosso bem estar depende de esquecer tais coisas. Porém, e quando nosso bem estar depende de esquecer coisas boas? Parece contraditório, mas chega o tempo em que esquecer  o que foi bom é tão importante como esquecer o que nos fez mal. Então gera-se um conflito, pois nosso corpo, nossa memória, nosso emocional, já estavam acostumados com tais lembranças. Nossa Alma se nutria e desejava por esses momentos felizes.
Agora  estas lembranças passa a ser nosso purgatório. Como remover algo de nós que nos fez tão bem? Que foi tão bom? Algo que fez tão feliz? Como tanta felicidade pode o  de uma hora para outra passar a ser nosso inferno?
Remover esses momentos bons de nossa alma, é como separar o Ouro 18K, o ouro do cobre. Só se faz com altas temperaturas, altos sofrimentos. É como arrancar uma árvore já frondosa com suas raízes. Raízes que já penetraram profundamente. É como rasgar o coração com as próprias mãos para que a essência do mais doce perfume evapore e para sempre desapareça. É se consumir em chamas, para que das cinzas possa renascer como a Fênix.
Esquecer momentos felizes para poder sobreviver, és o grande paradoxo. Infelizmente, chegamos ao cume de algo que parece absurdo, esquecer os momentos felizes para poder viver.
Então se já temos a cota de coisas ruins e precisamos remover o que de bom existia em nós, lançamos nossa alma na mais profunda e tenebrosa escuridão.
É um exercício doloroso de morte, para depois ressurgir algo que não sabemos ao certo o que será e quando será.                                   
           19 de Maio de 2012


domingo, 3 de junho de 2012

A Rainha e o rei

O número um me traz,
uma porta na beira do cais.
Uma porta, numa porta atrás.

O três é de paus,
o rei esta morto
e a Rainha superficial.

O três é de paus,
o rei é de ouro,
e a Rainha, atrás dos tolos.

O rei é de paus,
a Rainha é de Ouro,
ouro de tolo...

Tempo a Tempo

Tempo a Tempo.
Tempo perdido.
Tempo encolhido,
transformado em
fumaça.
Num simples,
toque de mágica,
toque de mágoa,
que macula a
alma