Segue teu caminho blindada em tuas convicções, como um baú no porão. Estação das flores, não há botões. Finge-te sossegada mas as raízes carecem de água.
Cai a noite sobre a alma e o salão jaz vazio. Ecos do passado ressoam. Desejo de vida, lembranças vívidas. Demônios povoam e fazem festa. Abandono Supremo, segue-se o curso da transformação. Amargo é o gole dessa essência. E as virtudes permanecem, mas não vêm a tona. Cai a tarde e arde dolorosamente o peso do mundo. Não há consolo e nem companhia. Há apenas, uma noite vazia. Um desespero profundo, supremo, contínuo.
Explode mil flagelos e destroem-se sete mil elos. E o gosto amargo na boca prossegue. E a vida se desfaz lentamente em gotas preciosas que gotejam pelo chão, sedento de teu Eu. Esfomeado e egoisticamente lutam pela tua seiva. É neste momento que sintonizas com o Universo e já se faz quase ele em sua totalidade. Nossas mazelas é uma súplica a união inefável. Um mergulho profundo ao abismo do teu ser.