sexta-feira, 31 de agosto de 2012

sala de dança

Olhos esvoaçante, sobrevoam um loco diminuto,
transbordante de pessoas em busca de um
passado remoto.
Junto a penumbra, o som  de canções que
tentam remeter o que passou.
Juventude oprimida, reprimida. Agora
não mais.
O mergulho se faz presente, tentando
trazer-me imediatamente, o visgo que
se foi.
Junto minha solidão as demais solidões
de casais. Pessoas que como dito, já
ultrapassou a média.
O corpo embalança, num soneto
indivíduo. Um prelúdio as mágoas
impregnadas da alma.
Alça voo em torno do salão,
a vista de olhares espasmódicos.
Um turbilhão de pensamentos ecoam
numa ópera trágio-cômica.
E uno a isso tudo, um sorriso forçado,
forjado de esperanças.
Então é que adormeço, minha mente,
no álcool, que vagarosamente se
destila no corpo maculado, algas, mágoas
que se faz presente.
E num grito de solidariedade e em meio
a penumbra, me torno irmão de irmãos
mais velhos, em busca de gotas
de felicidade

Eternos dias se arrastam com pesar.
Se dissipa a alegria na vastidão
de desolação.
Que assola intrepidamente
a infinitude de minha alma.
As sombras insistem, em
mim fazer desistir, de mim.
Num destoado, oprimido,
sucumbem, minha
caixa corporal.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Esquecer

É melhor te esquecer
do que lembrar
de te esquecer.
Por que lembrar
de te esquecer
lembra; te querer
E lembrar 
de te querer
lembra; sofrer.

domingo, 19 de agosto de 2012

JE T'AIME MOI NON PLUS


Composta e gravada por Serge Gainsbourg no final dos anos 60, a música se tornaria um verdadeiro escândalo. Lembro-me quando garoto do LP (vinil) grosso de 45 RPM, no qual a música estava entre as faixas, onde na capa se dizia: Impróprio para menores de 18 anos. Nos anos 70 se tornaria música tema de cabares, casa de strip e etc. O Fato é que Serge Gainsbourg, foi um homem polêmico, que desafiou e quebrou padrões sociais e preconceitos. A música , Je t'aime moi non plus, teria sido composta para Brigitte Bardot, atriz que teria tido um caso. Esse talentoso compositor e polêmico é um dos exemplos de diversos astistas, que usaram da arte uma bandeira de luta contra preconceitos e padrões sociais.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Eu e Deus




Fonte: http://goo.gl/DRvGG


Por muitas vezes e de diversas formas procuramos estabelecer contato com Deus. E ao descobri-Lo, tornamo-O centro de nossas vidas.
Deus como Pai amoroso, acompanha-nos e não nos abandona. Nessa caminhada de relacionamento com Ele, é comum, num primeiro momento, que O vejamos como um socorro, como alguém quem se pede graças para que a vida seja sempre próspera. 
Todos nós somos chamados a uma vida de comunhão com Deus, porém poucos conseguem evoluir para esse nível de comunhão. Geralmente ficam numa relação superficial. Deus passa a ser algo para nos servir, satisfazer nossas vontades. Conseguimos então silenciar nossa consciência projetando nosso Eu/Ego em Deus. No fundo, estamos num nível bastante primário de conhecimento de Deus. Diria que nem chegamos a conhecer Deus realmente. Nossa prática cristã não passa de uma projeção do nosso Eu/Ego, que nos leva a fabricar um "Deus" para atender  nossas vontades  que não nos questiona, não nos leva a crescer, a amadurecer como cristãos. Um Deus que não nos corrige, não é Deus, é um ídolo. Este surge como consequência de um dos erros mais comuns  cometidos por nós, cristãos, que é colocar  toda nossa  vontade a serviço de um deus nosso. Assim, enganamo-nos e adormecemos nossa consciência em sono profundo e vivemos com a ilusão de que estamos fazendo a coisa certa.
 
OBS. Como disse a amiga Zú: "Texto cheio de pitácos meus...". Agradecimentos a Zulede pelas interferências.