Estava refletindo sobre essas coisas e sobre a questão da tentação. A igreja nos ensina que há o tentador. Que ele provoca a gente dentro da nossa história. Que ele tenta a todos. Que é um anjo decaído, que desobedeceu a Deus. Considerando essas coisas, e eu com fiel, acredito mais num deixo de ficar perturbado. Perceba, como é que o diabo consegue tentar tanta gente e ao mesmo tempo. Quantas pessoas há no mundo? Ele teria que ter poderes para isso. Será que Deus concedeu que ele tivesse para nos tentar? Se ele era um anjo, como é possível que um anjo, que é uma criatura mais evoluída que um ser humano, e portanto desprovido de certos defeitos, digamos assim, que o homem tem, desobedeceria a Deus e se tornaria um ser capaz de levar a todos que concorde com suas sugestões a infelicidade eterna. Diz-se que o diabo nos tenta em nossa história, o que isso quer dizer que ele não tenta a gente naquilo que a gente tem controle, que a gente consegue segurar, que constituí uma fraqueza nossas. Como seres históricos que somos, fomos criados de forma que acumulamos certos traumas, vícios decorrentes de nossa vida cotidiana e que determinada etapa do caminho nossa consciência, nosso corpo cobra isso. A gente nem sempre tem consciência dos erros que vamos acumulando e quando adultos, nem sempre percebemos esses erros. Ai já estamos formado e cabe a nós uma luta para vencermos nossas tendências. A Igreja coloca que existe 07 pecados, chamados capitais, sendo: A soberba, a avareza, a cobiça, a luxúria, a gula, a íra, a preguiça. São assim chamados por que eles são fontes e origem de outros pecados e erros que acometem o homem. Na nossa história de vida nos deparamos com um ou outro desses pecados. Com algum nível desse que é fonte de outros.
Segundo a filosofia Budista, o demônio não existe. As tentações seriam frutos de nossa história, de nossas inclinações. E que cabe o homem descobri essas inclinações e trabalha-las para evoluir, se purificar. Por exemplo, se a pessoa tem um tendência a íra, e por vezes sua de raiva, rancor para com os outros, precisa se trabalhar para se purificar de defeito e isso não teria nada a ver com tentação ou diabo. É simplesmente uma tendência da pessoa, que precisa ser trabalhada. A meu ver essa ideia da filosofia budista é mais coerente que aquela pregada nas Igrejas. Atribuir nosso erros e tendências pecaminosa a outrem é mais fácil, faz com que a gente não se sinta um bicho, uma coisa e se eximir um pouco da responsabilidade de nossos atos. Mas se o demônio não existe, então como fica, ou como explicar as passagens da sagrada escrituras que se refere ao demônio e a Jesus que os expulsou das pessoas possuídas? Por que não há ou não se modula a esse respeito? Se explica que sentido tem essas possessões demoníacas? És a questão. Por que então Jesus também foi tentado? Se ele é o filho de Deus e é perfeito. Livre do pecado original. Segundo a Igreja, o pecado original foi que rompeu a unidade do homem com Deus e consigo mesmo. Ele fez com que não nos compreendermos. Nos contradizemos. Perdemos a capacidade de sermos felizes e de comunhão com Deus. É visto que mesmo tentando fazer o bem acabamos fazendo o mal e o provocando. Que até uma "boa ação" pode acabar sendo algo relativo, pois ela pode acabar sendo motivo de decaimento de outros.
Acho essas questões interessantes e muito instigantes. O fato é que precisamos lutar contra nossas tendências, nossas más inclinações. Procurar o nosso bem e dos outros também. Há quatro relações Fundamentais: Eu comigo, Eu com o outro, Eu com Deus. A esse respeito Paulo vai dizer que não podemos dizer que amamos a Deus se odiamos nosso irmão. Pois como podemos amar a Deus que não vemos e não amamos a nosso irmão que vemos. Por que Deus habita em nós e nos outros. Se amamos os outros, amamos o Deus que existe em cada um de nós. Uma máxima da Igreja diz que: Ubi caritas et Amour Deos Ibiest, ou seja onde houver amor e caridade, Deus ai está. Caridade aqui se entende como a expressão maior do amor de Deus. Dai as relações Eu comigo e Eu com o próximo.
A cada passo dado no conhecimento de Deus, mais percebemos quão distante ele se encontra de nós e quanto ele nos ama, pois Deus é amor. Daí o conhecimento de Deus, serve para que nos entreguemos cada dia mais a ele. De fazê-lo o tudo de nossa vida. De se colocar em sua presença e desejar ardentemente que a vontade dele se realize em nós e em todas as suas criaturas. O conhecimento de Deus, não é se apropriar dele. Não é pra ficar expert em coisas relacionadas a Deus. A ser o doutor, sábio e conhecedor de Deus, porém alargar nosso coração no sentido de amá-lo ardentemente e fazê-lo o tudo de nossa vida. Isso é o principio de Céu. O céu nada mais é que a comunhão com Deus, enquanto que o inferno é a completa e total e eterna ausência de Deus. O inferno aqui na terra consiste em você se deparar com todo tipo de dificuldade e perceber que nem a presença e certeza de Deus você tem ao seu lado. Ao contrário, aqueles que tem Deus em seu coração, pode passar pelas mais adversas dificuldade, que experimentará uma paz. Uma paz que surge em meio aos problemas, mais que não é capaz de fazer com que a pessoa se desespere e se destrua.
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